Priscila

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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Onde vamos parar com toda essa violência?

Atos de violência continuaram a assustar a cidade pelo sexto dia seguido de ataques contra veículos e alvos policiais, elevando para quase 100 o número de carros, ônibus e vans queimados desde domingo. Ações da polícia em resposta aos ataques nas ruas deixaram pelo menos 45 suspeitos mortos em confrontos, de acordo com a polícia. Uma jovem de 14 anos também morreu, vítima de bala perdida.
Nesta sexta-feira, um tiroteio matou ao menos três pessoas e feriu outras 10, entre elas um fotógrafo da Reuters, que foi baleado no ombro perto da Favela do Alemão. Ele foi hospitalizado e não corre risco de morte.
Homens armados afrontaram a polícia exibindo metralhadoras e fuzis na manhã desta sexta no Alemão, e tiros foram disparados na direção de um helicóptero policial que sobrevoava o local, de acordo com um fotógrafo da Reuters nas proximidades da favela. A polícia informou que a aeronave não foi atingida.
A pedido do governo do Rio, o Ministério da Defesa designou 800 homens do Exército para ocuparem os perímetros da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão. De acordo com a Secretaria de Segurança, os soldados vão liberar policiais para incursões nas favelas.
"O confronto naquela região é uma necessidade para termos um Estado com paz", afirmou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, em visita ao Rio para oficializar a parceria das Forças Armadas com as autoridades de segurança do Estado.



Imagens que antes eram vistas somente em filmes de guerra puderam ser presenciadas por muitos moradores da Penha, Zona Norte do Rio, na última quinta-feira 25/11. A ação da polícia, que recebeu o apoio de fuzileiros navais e veículos blindados foi encarada com "bons olhos" por parte da população e também por especialistas em segurança, como o coordenador de Núcleos Estratégicos da UFF, Eurico Figueiredo, conforme contou ao SRZD.

Segundo ele, o apoio da Marinha foi de grande peso para o primeiro dia de operação. Apesar de ter sido um dia complicado, muitos se mostraram satisfeitos com a iniciativa, mesmo que um tanto radical, de tentar estabelecer a paz na cidade."O objetivo da polícia é, primariamente, proteger a população, depois prender o criminoso".

Em seis dias de ações criminosas no Rio, mais de 20 pessoas já morreram. Agora, as forças se unem para desestruturar a criminalidade e o narcotráfico em uma das favelas que mais concentram bandidos na cidade, em busca da retomada da "cidade maravilhosa".

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